desaparecidaMadrasta é suspeita de matar enteado de seis anos a facadas
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Na manhã de segunda-feira (11), um menino de seis anos foi brutalmente assassinado em Barão Geraldo, Campinas. A principal suspeita é sua madrasta, uma analista financeira de 37 anos, que após o crime tentou suicídio. Suspeita-se que a mulher tenha sofrido um surto psicótico decorrente de depressão pós-parto, pois ela tem um bebê de quatro meses. Após ser socorrida pelo Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), ela foi levada à Casa de Saúde, onde permanece internada em estado grave. A criança chegou a ser levada ao Hospital de Clínicas da Unicamp pelo pai, mas infelizmente não resistiu aos ferimentos. Este é o segundo caso em uma semana em Campinas envolvendo a morte de crianças por pessoas próximas aos pais.
Investigação Policial
O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP). O delegado Rui Pegolo, responsável pelo caso, tomou depoimento da suspeita no hospital. A mulher alegou não se lembrar do que aconteceu, mas será responsabilizada pelo crime, já que não há evidências de outra pessoa ter entrado no imóvel. O crime ocorreu por volta das 7h30, cerca de meia hora após o pai da criança ter saído para o trabalho. O casal vive junto há dois anos e meio e mora em uma edícula nos fundos da casa da mãe do homem. Eles têm uma filha de quatro meses.
Segundo relatos, a avó paterna da vítima foi a primeira a chegar ao local após ouvir gritos. Ela encontrou a madrasta na cozinha, já se autolesionando. Pegolo afirmou que a mulher está passando por um processo de depressão e está em tratamento medicamentoso. A Polícia Técnico-Científica esteve no local e laudos do Instituto Médico Legal (IML) são aguardados para concluir o caso.
O pai da criança, um vendedor, disse que nunca imaginou que a madrasta poderia cometer tal ato. Ele foi avisado sobre o esfaqueamento quando já estava no trabalho e voltou imediatamente para tentar socorrer o filho. A mãe da criança não foi localizada pela reportagem, e o pai e a avó paterna preferiram não comentar o caso. Vizinhos da família ficaram chocados, descrevendo a madrasta como uma pessoa que frequentemente passeava com a bebê e o enteado.
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O corpo do menino aguardava liberação na Unicamp para ser encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) no Cemitério dos Amarais, onde será realizada a necrópsia.
Análise Especializada
A delegada aposentada Teresinha Carvalho, professora da Academia da Polícia Civil, afirmou que é difícil analisar o crime sem conhecer todas as circunstâncias, mas acredita que a absolvição da madrasta será difícil, a menos que se comprove alguma forma de insanidade mental decorrente da gravidez. Ela destacou que o estado puerperal pode durar de seis a oito semanas, mas em alguns casos, a depressão pode se prolongar.
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Teresinha enfatizou a importância do apoio familiar à mulher durante o puerpério. Ela sugeriu que a madrasta pode ter tido dificuldades em lidar com uma criança de seis anos enquanto passava por essa fase emocionalmente delicada. Também mencionou que será crucial investigar a relação entre a madrasta e a criança, considerando a possibilidade de um crime motivado por ressentimento ou conflito interno.