Vídeo: Professora espanca aluna com Síndrome de Down após ela fazer uma…Ver Mais
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Os pais de uma aluna com síndrome de Down, que foi agredida por uma professora na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Irati, Paraná, descobriram o caso por meio de uma denúncia anônima. A violência foi registrada por uma câmera do circuito interno da instituição, onde a professora Cleonice Aparecida Alessi Glinski aparece puxando o cabelo da aluna e empurrando-a para dentro da sala de aula. As imagens, acessadas pelo g1, são parte da investigação da Polícia Civil.
Daniele Yoshitomi, mãe da jovem agredida, expressou o choque da família ao ver as imagens. “É uma imagem muito brutal. Quando você manda seu filho para a escola, imagina que ele estará seguro. Estamos tentando absorver o que aconteceu,” disse Daniele. O incidente ocorreu em 15 de maio, mas a família só soube na última quinta-feira (23) através da denúncia anônima.
A Apae de Irati informou que Cleonice foi afastada da instituição. A defesa da professora declarou que ainda não foi intimada oficialmente e se manifestará no momento oportuno.
A jovem, de 19 anos, além de ter síndrome de Down, é diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e não se comunica verbalmente. A família enfatiza que, devido a essas condições, a jovem não pôde pedir ajuda ou informar os pais sobre a agressão.
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“Nós sentimos tristeza e indignação. Se não fosse pela denúncia anônima, nada teria acontecido,” disse a família. Nas imagens, a vítima aparece correndo para fora da sala, seguida pela professora, que a puxa pelo cabelo, fazendo a jovem se desequilibrar. A professora então a empurra de volta para a sala.
O pai da jovem, Daniel Yoshitomi, comentou sobre a situação: “Vendo o vídeo, a gente vê que em nenhum momento a [nome da aluna] esboça nenhum tipo de reação. Está o tempo todo com os braços abaixados, sendo agredida sem esboçar defesa. Isso nos revolta.”
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A jovem estuda na Apae há cerca de um ano e meio, período em que os pais acreditavam que ela estaria em um ambiente seguro e acolhedor. “Como pai, quando enviamos nossos filhos para a escola, esperamos que eles estejam seguros e não sofram violência, especialmente por parte de profissionais capacitados para proteger sua integridade,” disse Daniel.
Investigação e Consequências
Os pais denunciaram o caso à Polícia Civil em Irati na sexta-feira (24), entregando as imagens recebidas anonimamente. O delegado Rafael Rybandt, responsável pela investigação, informou que testemunhas e servidores da Apae foram ouvidos nesta segunda-feira (27), e que a professora será ouvida em breve.
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A Apae de Irati afirmou que Cleonice foi afastada e que solicitaram seu desligamento à Secretaria de Estado da Educação (Seed). A instituição está acompanhando o caso junto ao departamento jurídico, oferecendo suporte à família da vítima. A Federação das Apaes lamentou o incidente e repudiou o ato de violência, reafirmando que tal conduta não representa as 330 Apaes do estado.
A Seed, informada do caso no sábado (25), solicitou informações detalhadas à Apae para iniciar a apuração do caso pelo Núcleo Regional da Educação. A secretaria destacou que a Apae é uma instituição privada com finalidade pública, colaborando com a pasta da educação.