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A nova tarifa adicional de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, com início previsto para 1º de agosto, pode causar perdas significativas ao setor de carne bovina.

A Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) estima que, somente em 2025, o prejuízo chegue a US$ 1,3 bilhão, podendo ultrapassar US$ 3 bilhões nos anos seguintes, caso a medida se mantenha.
Segundo relatório da entidade, as exportações brasileiras de carne bovina e seus subprodutos cresceram 27,93% em receita no primeiro semestre de 2025, atingindo US$ 7,446 bilhões.
Os Estados Unidos representam o segundo maior destino dessas exportações, com US$ 1,287 bilhão em vendas, um aumento de quase 100% em relação a 2024.
Com a nova tarifa, boa parte desse comércio pode se tornar inviável. Produtos como carnes desossadas congeladas, sebo bovino e corned beef (preparações alimentícias à base de carne) estão entre os mais afetados:
- Carnes desossadas congeladas: tarifa pode subir de 36% para 76% do valor FOB;
- Sebo bovino: aumento de 286%, chegando a 54% do preço médio;
- Corned beef: alta de 384% na tarifa.

A Abrafrigo destaca que há alta dependência do mercado americano em determinadas categorias. As exportações de preparações alimentícias e conservas bovinas têm 65,1% de destino nos EUA, enquanto 99,9% do sebo bovino fundido exportado também vai para o país norte-americano.
“Exportadores desses produtos poderão ter dificuldades para redirecionar suas vendas, caso a tarifa de 50% entre em vigor”, alerta a entidade.
A China permanece como o principal comprador da carne bovina brasileira, absorvendo 43% das exportações. Entretanto, o relatório da Abrafrigo recomenda acelerar a diversificação de mercados, destacando o crescimento de países como México, Chile e Rússia.
O México, por exemplo, aumentou suas importações em 236% no primeiro semestre de 2025.
A entidade pede que o governo brasileiro atue de forma urgente, buscando uma solução diplomática com os Estados Unidos para evitar as tarifas, mas sem recorrer a retaliações que possam agravar o cenário.
Também propõe a aceleração de acordos comerciais e a redução da burocracia nos processos de exportação.

Além disso, a Abrafrigo chama atenção para o risco de encarecimento de insumos pecuários, que pode afetar toda a cadeia produtiva nacional, da pecuária ao varejo.
“A tarifa anunciada pelo governo dos EUA pode inviabilizar, pela sua magnitude e impacto, a continuidade das exportações de carnes bovinas para aquele país. É urgente buscar novos mercados e mecanismos de mitigação dos impactos”, afirma o relatório.
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