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Eduardo Bolsonaro alerta: Brasil pode “virar uma nova Venezuela”
Em entrevista à CNN Brasil nesta sexta-feira (18), o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) fez uma declaração contundente ao comentar as novas sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos. Segundo ele, caso o Brasil não ceda às exigências do governo de Donald Trump, o país corre o risco de “virar uma nova Venezuela”.
A fala veio após a decisão de Washington de aplicar tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, com vigência a partir de 1º de agosto. A medida afeta diretamente setores estratégicos, como o agronegócio, a indústria de base e exportações de carne, aço e grãos. Eduardo afirmou que o momento exige uma postura firme e diplomática para evitar novos prejuízos econômicos e políticos.
Reação política e econômica à fala do parlamentar
A declaração dividiu opiniões. Enquanto apoiadores elogiaram a franqueza e o tom direto do deputado, críticos apontaram o risco de alarmismo diplomático e possível subordinação às pressões externas. Para analistas, a fala de Eduardo reflete o agravamento das tensões bilaterais e a falta de alinhamento entre o governo brasileiro e os EUA.
O impacto das tarifas já preocupa o setor produtivo. Estimativas iniciais apontam que o Brasil pode perder bilhões de dólares em exportações, além de gerar desemprego em regiões agrícolas e industriais. A retração nas vendas externas também pode reduzir a entrada de dólares no país, pressionando a cotação da moeda americana e afetando setores como energia, transporte e tecnologia.
Entidades pedem ação urgente; Itamaraty permanece em silêncio
Diante do cenário incerto, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) emitiu uma nota oficial, pedindo uma solução diplomática imediata para conter os danos econômicos. A entidade também manifestou preocupação com a instabilidade nas relações exteriores e os riscos para o ambiente de negócios no Brasil.
Apesar da gravidade da situação, o Itamaraty ainda não se pronunciou oficialmente sobre as declarações de Eduardo Bolsonaro nem sobre a estratégia do governo para contornar as tarifas. A ausência de um posicionamento claro eleva a inquietação entre empresários, investidores e representantes do comércio exterior.
Com o agravamento do quadro, cresce a expectativa por uma resposta coordenada que evite um impacto ainda maior na economia brasileira e nas relações internacionais.
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